Bolivia As feiras de La Paz têm uma variedade enorme de verduras e frutas e tudo é muito barato. O que não gostam é de fotografias, é preciso ser muito discreto. Outra curiosidade: elas começam a organizar as bancas ainda de madrugada, antes das 5 horas da manhã Decorações feitas para festas de padroeiros com os típicos tecidos bolivianos Tudo é muito barato e a feira parece ser um forte elemento da cultura do país Em geral, os bolivianos parecem não ser muito abertos a interações com estrangeiros e muito menos gostam de ser fotografados, essa senhora foi uma excessão. A buzina nas rodovias bolivianas talvez seja a principal forma de orientação entre motoristas e pedestres. Para avisar que iriam passar por mim buzinavam fortemente, eu levava cada susto. Desculpem o trocadilho: em paz em La Paz La Paz Este é uma espécie de carro alegórico ornamentado com objetos de prata e ouro (imitação?) utilizado nas festas de padroeiros. Em minha curta estadia por La Paz vi vários grupos dançando. Essas danças são ensaiadas por longos períodos. Por ocasião da festa de uma paróquia esses grupos dançam pelas ruas. Psiga. Um almoço em preparação a festa de santo Antonio estava acontecendo. Na missa me chama atenção o aviso do padre: somente venham receber a eucaristia os que não ficarão embriagados essa tarde. Apenas eu um senhor velhinho fomos comungar. Esse foi meu primeiro dia na Bolívia e já pude perceber que é um mundo bem diferente. Respira-se cultura Aymara por todas as partes Eu conheci Beysa quando eu tinha uns 17 anos. Ela era uma jovem freira e atuava em minha comunidade. Beysa fazia parte de uma congregação religiosa que eu admirava, era uma das poucas congregações na vila que vivia como os mais pobres. Em minha estadia em La Paz Beysa foi muito, muito fraterna. Essa senhora tinha me visto na tv e fez questão de me saudar. Uma curiosidade: quase todas as casas de La Paz não têm reboco, o que indica que ainda não foram concluídas e por isso o imposto será menor. Uma cidade situada em grandes altitudes. Um verdadeiro mar de casas. Os telefericos funcionam muito bem, mas devo admitir que a primeira vez que andei em um, senti um pouco de medo. La paz e seus teleféricos… Há dez linhas de teleféricos na capital administrativa mais alta do mundo (3600 metros acima do nível do mar). Além de ser rápido e econômico, o sistema permite que se tenha uma vista privilegiada da cidade. São mais de trinta km percorridos sob cabos, o que faz com que La Paz tenha a maior rede de teleféricos do mundo, feito registrado no Ginness. Beysa, que eu conhecia desde minha adolescencia, preparou em sua casa um almoço a brasileira, com direito a feijoada. Recebi presentes e conheci a Sonia que tanto me ajudou em minha passagem pela Bolivia. Praça de Toledo – Região de Oruro. Amo ver esse monumentos que retratam a cultura e a resistência dos povos originários. Ao fundo a torre da Igreja de San Agustín que contem pinturas de mais de 200 anos. Igreja de San Agustin – declarada como patrimônio histórico do departamento de Oruro. Há história por todos os lados nessa igreja, mas uma imagem em especial chamou minha atenção. Na descrição da imagem não havia data, sabe-se no entanto, que se trata de uma igreja colonial. Gostaria de saber quando e por quem essa imagem foi criada. Reparem na estátua que está a esquerda. De quem seria? Segundo a descrição é de São João Evangelista, o discípulo que estaria com Maria ao lado de Jesus. Pelos traços femininos do corpo, pelo degote no vestido, inclusive o laço na cintura, se poderia dizer que a imagem representa uma figura feminina. Ao mesmo tempo, se olhamos o rosto, vemos claramente uma barba. Para mim, essa fusão de elementos masculinos e femininos em uma única imagem não é um mero estílo artisco, há uma intenção. Parece haver aqui uma desconstrução de gênero, ou em outros termos, não há uma preocupação em delimitar barreiras para o feminino e masculino. Entre Corque e Toledo A Bolívia foi um dos países onde mais encontrei esse tipo de construção. Casas de adobe: uma marca da Bolívia Templo em ruínas do povoado de Janco Kala – Vários altares. Tenho a impressão de haver elementos de outras religiões na arquitetura desse templo. Está no caminho entre Corque e Challacollo. Templo de Janco Kala Povoado de San Pedro de Challacollo – próximo a Oruro. Estava para acontecer uma reunião da comissão municipal – penso que é como uma assembleia de vereadores. Perguntei se havia algum lugar em que pudessem me acolher. Em poucos minutos eu estava na sede da comunidade, onde havia cama e água. Essas cabaninhas feitas a beira da rodovia é para proteger do vento, frio e chuva as vendedoras de queijo. Povoado de Patacamaya visto da rodovia. A tormenta se aproxima. Tiwanaku possui um sitio arqueológico do período pre-inca. Praça de Tiwanaku Igreja de San Pedro de Tiwanaku – construída entre 1580 a 1612 Quase todos os dias pessoas desconhecidas fazem com que meus dias sejam mais fáceis. Com essa foto não quero tanto destacar a ajuda dessa família, dona Simona e seu Francisco, mas a ajudas de Sonia para que eu tenha chegado até essa família. Eu não conhecia Sonia, ela era amiga de uma velha amiga que eu não via há muitos anos. Desde que soube de minha viajem e de minha chegada em Bolivia, essa desconhecida já estava disposta a me ajudar. Houve um contratempo e a família contatada por Sonia não pode receber-me. Chovia e fazia muito frio. Além disso, estava acontecendo na cidade um campeonato esportivo e todos hotéis e espaços públicos como ginásio e escolas estavam ocupados por estudantes. Foi então que Sonia lembra desse família, eles a conheciam do tempo em que era freira. Eles, obviamente, não estavam me esperando , mas com um telefonema de Sonia tudo foi solucionado. Um detalhe dessa região: a maioria das casas não tem banheiro ou uma fossa, é necessário ir ao campo. Ayo Ayo Pertinho do Titicaca – rumo a Desaguadero CompartilheClick to share on Facebook (Opens in new window)Click to share on WhatsApp (Opens in new window)Click to share on Twitter (Opens in new window)